#29 - Alcançando a pé o ponto mais alto de Portugal Continental - Torre - Serra da Estrela
Um dos objetivos que já tinha na lista de desejos há algum tempo era sem dúvida o de subir a pé até ao ponto mais alto de Portugal Continental - a Torre a 1993 metros de altitude (Torre Serra da Estrela). Foi recentemente que tive essa possibilidade a fazer a “Rota do Glaciar de Manteigas” e é tão gratificante quando se consegue atingir mais um objetivo e ultrapassar mais um grande desafio
Existem dois PR's na Serra da Estrela que nos permitem chegar à Torre a pé, o PR5 - Rota da Garganta de Loriga cujo comprimento é de 8km mas o desvio para a Torre estende-se por cerca de 11km e o PR6 - Rota do Glaciar com cerca de 18km de comprimento.
Decidi então fazer o PR6 porque, para além do desafio de serem mais quilómetros, tem também a maravilha de atravessar todo o vale glaciar, que é uma das zonas mais bonitas da nossa Serra da Estrela.
Este PR é linear a partir da subida na vila de Manteigas. Não começamos o trilho exatamente no ponto de partida oficial porque não consideramos necessário fazer mais 2km pelo meio da aldeia quando o caminho à frente já era desafiador q.b. Assim, partimos junto ao INATEL de Manteigas no início do vale (rota wikiloc no final deste artigo)
O vale de Manteigas é algo indescritível, considerado o maior vale glaciar da Europa, estendendo-se por cerca de 13 km desde a vila até ao Maciço Central. A beleza do vale em forma de U entre as montanhas da Serra da Estrela é enorme. Sempre acompanhada pelo som da água a correr do rio Zêzere, a travessia leva-nos a contemplar algumas cascatas avistadas ao longe e que descem pelas encostas íngremes que nos rodeiam, bem como os belos prados verdes onde se deleitam os rebanhos de ovelhas.
Depois de atravessar o vale e caminhar alguns metros ao longo da estrada, chegamos a outro local mítico da Serra da Estrela, o Covão d'Ametade. A 1420 metros de altitude podemos usufruir livremente deste espaço onde podemos parar para almoçar, acampar, relaxar e desfrutar de algumas das mais magníficas formações rochosas da serra como o Cântaro Raso e o Cântaro Gordo.
Encontrou riachos no meio trilho do vale do Zêzere (ou vale de Manteigas)? Consegui passar como? Nós fizemos o percurso a descer em vez de subir e mesmo sendo no Verão a água quase que nos barrou o caminho. Parabéns por ter conseguido. :)
ResponderEliminarboa tarde, quando fizemos (em Outubro) apenas tivemos o rio Zêzere a acompanhar-nos , primeiro no nosso lado esquerdo e depois, ao atravessar-mos uma pequena ponte, o rio ficou no nosso lado direito. Não tivemos nenhum obstáculo que não nos permitisse avançar :)
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