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#13 - Rota dos Moinhos do Sobral



Nos muitos Km que percorri por trilhos em terras portuguesas, nunca tinha explorado os trilhos do oeste do nosso país. A primeira experiência (entre algumas já delineadas em breve) foi o PR1- Rota dos Moinhos do Sobral, um percurso que nos leva por paisagens agrícolas, zonas verdes e locais de grande importância histórica e cultural inseridos nas famosas Linhas de Torres que o impediram Exército de Napoleão para invadir a capital do Reino de Portugal no sec. XIX.



Este PR é circular e tem uma extensão de 14km. começa no Largo da Feira na aldeia de Sobral de Monte Agraço (N39º01'04 '', W09º08'52 ''), considerado fácil mas com algumas subidas pondo em teste a nossa resistência física.


A saída de Sobral leva-nos ao parque eólico da região onde gigantescas turbinas sussurram no alto com o movimento de suas hélices. Passamos por vários moinhos de vento, até chegarmos ao cume dos Galhofos onde se encontra o Forte Novo, um dos maiores moinhos de vento da região que serviu de posto de observação avançado devido à sua localização que permite observar o Tejo e outros fortes na 1º. linha das Linhas de Torres Vedras.





É nesta zona que se encontra uma das maiores subidas do percurso, pelo que é aconselhável descansar um pouco depois da subida, reforçar com água e comida enquanto aprecia a vista que daqui se obtém.



Seguimos para um dos destaques do percurso, o Forte do Alqueidão, primeira linha de defesa de Lisboa e prolongamento do posto de comando de Wellington. Depois de subir o longo caminho que Wellington havia construído coberto de árvores e montes para que a circulação de pessoas e mercadorias fosse feita sem o conhecimento do exército inimigo, chegamos à base do forte. Aqui podemos explorar e viajar até ao século XIX, imaginando como seria a movimentação das tropas e toda a logística envolvida, observando as trincheiras e postos de fogo ainda existentes no local.








Continuamos o nosso caminho, passando por uma zona onde as árvores e os terrenos queimados se combinam com o verde da relva e das folhas que tentam renascer. Uma floresta encantada que já perdeu parte de seu grande encanto, mas que tenta lutar para permanecer bela.


Os últimos km são feitos por terrenos e zonas agrícolas e por alguns assentamentos, onde sempre aproveitamos as fontes que existem aqui para nos refrescarmos porque o calor era forte.



Se quiser parar para um café, sugiro a aldeia de Casais de São Quintino, a primeira a encontrar depois do Forte do Alqueidão. A simpatia e a calma típicas das aldeias deste tipo são uma presença garantida, dando-nos ainda mais ânimo para seguirmos rumo à bela igreja de Santo Quintino (Monumento Nacional Sec. XVI), cuja porta principal apresenta uma mistura de elementos manuelinos e renascimento. Infelizmente não pudemos visitar seu interior, pois estava fechado no momento em que passamos.

Por Vitor Oliveira from Torres Vedras, PORTUGAL

O último percurso de 2 km é feito pelo mesmo caminho inicial até ao ponto de partida, passando novamente por zonas de folhagem verde e ribeiros que nos acompanham neste último troço.



É certo que os trilhos do lado oeste são de grande beleza e de grande interesse cultural, por isso continuaremos aqui a explorar as PR's 





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