#41 - Ainda há locais mágicos - DRAVE
Fomos encontrar em plena Serra da Freita uma aldeia muito especial. Denominada como a "Aldeia Mágica", Drave de seu nome encontra-se "perdida" no meio da montanha, desabitada desde 2009 mantém no entanto toda a sua beleza e encanto.
Este é um dos percursos mais conhecidos da Serra da Freita, o PR14 que nos leva a Drave , de distancia curta (4km) e de nível de dificuldade fácil, o percurso sendo linear transforma-se me 8km.
Com uma manhã de nevoeiro caminhamos em direção ao ponto de partida que é dado na aldeia de Regoufe, aldeia ainda habitada , onde passamos pelo seu interior e caminhamos por entre ovelhas, cabras, galinhas que passeiam livremente pelas suas ruas de pedra o que nos transporta para um passado onde a simplicidade e paz eram "mães"
Passando uma pequena ponte à saída da aldeia, começamos uma subida que, apesar se não ser muito ingreme, se torna mais difícil devido ao piso coberto de pedras soltas e pedregulhos. A ter muita atenção com a subida para evitar entorses e lesões.
O restante percurso é praticamente plano, sem grande dificuldade, onde podemos caminhar tranquilamente no silencio e apreciar as maravilhosas montanhas e vales que nos acompanham durante o caminho.
Infelizmente parte inicial do percurso foi acompanhada pela visão de alguma devastação da serra devido aos recentes fogos que aqui ocorreram uns meses antes da nossa caminhada.
Chegamos então a Drave, localizada a 600 metros de altitude, e onde nos maravilhamos com as suas casas feitas de pedra e coberturas em xisto, serpenteadas por ruelas de pedra irregulares. A capela caiada de branco a sobressai do negro do xisto das restantes habitações que a rodeiam.
Apesar de estar desabitada há alguns anos, a aldeia mante-se em excelente estado de conservação especialmente devido à intervenção da Corpo Nacional de Escutas que aqui abriu a sua base nacional e que assim tem garantindo a conservação desta aldeia mágica
A ribeira de Palhais vinda de Norte atravessa a aldeia e seguindo o seu leito podemos encontrar algumas cascatas e lagoas maravilhosas , escondidas e algumas de difícil acesso , opimas para refrescar com um mergulho se o dia estiver quente. Aqui é possível acampar e desfrutar de grandes dias into the wild
No regresso ainda fomos visitar as ruinas das mihas de Regoufe, exploradas por ingleses e alemães durante a 2ª Guerra Mundial, em busca de volfrâmio , mineral de grande resistência a altas temperaturas e rigidez o que proporcionava excelente matéria prima para a industria do armamento. Portugal tornava-se o maior produtor deste tipo de mineral na altura da Grande Guerra.
Passear entre as ruínas é um verdadeiro regresso ao passado.
Fotos minhas e de Carlos Denis
Entrei em Drave não a partir de Regoufe mas pelo lado contrário.
ResponderEliminarÉ um cenário indescritível. É entrar noutro mundo.
Como fui no verão, encontrar na aldeia um local tão magnífico para tomar banho, foi o que se pode dizer "A cereja no topo do bolo".
Espero voltar a Drave e a muitos outros locais dignos de serem visitados na s fantásticas "Montanhas Mágicas".
😊😊🙏🙏🙏🙏 Faltou-me acampar junto às lagoas mas está já registado na "bucked list" para fazer 😉
EliminarAntónio, acredita ser possível fazer com uma criança (13kg ) às costas? Quanto tempo fez? Ida e volta?
ResponderEliminarOlá Marilisa, grande parte do percurso pode ser feito com a criança às costas , contudo chamo a atenção para a subida inicial mesmo à saída da aldeia de Regoufe pois ainda tem um bom declive. Em movimento foram cerca de 4h00
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